ELES CHEGARAM COM A NOITE




A notícia espalhou-se rapidamente pela pequena vila de Nova América, distrito de um município do interior paulista: a casa da dona Nenê havia sido vendida, após permanecer mais de cinco anos desocupada, desde a morte da conhecida viúva. Só não se sabia quem havia comprado, pois o negócio fora todo realizado no cartório da cidade.
A casa vendida fica na esquina à esquerda de quem olha de frente para a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças. A vila é formada por dois quadrados de ruas concêntricas, cortadas por duas ruas em forma de cruz, em cujo meio encontra-se a praça da Matriz com seu coreto.
Dias depois, quando a novidade esfriara, um como sopro de vento retirou as cinzas do esquecimento de sobre a notícia e uma brasa reacendeu a chama da curiosidade popular: uma kombi com quatro homens estacionou em frente à casa e os quatro desceram carregando galões de tintas, escada, vassouras, material de limpeza, pacotes e caixa de ferramentas. Os vizinhos mais curiosos chegaram a entrar na casa para perguntar se o novo dono estava ali, mas saíram decepcionados ao saber que aqueles homens foram contratados por uma empresa de terceirização de serviços para colocar a casa em condições de uso para o dono que eles nem sequer sabiam quem era. Em menos de uma semana, a casa estava toda pintada de roxo, com as janelas e portas negras, o que foi motivo de comentário geral:
─ Parece um caixão! ─ correu à boca solta.
Foi numa sexta-feira à noite que a antiga casa da dona Nenê passou a ser o centro de comentários apreensivos que se intensificaram a cada semana.
Já passava das dez da noite quando dois carros pretos, com vidros fumês, estacionaram frente à casa. Alguns homens e mulheres, todos trajando roupas pretas, desceram e entraram imediatamente na casa. Até um pouco antes da meia-noite, mais cinco carros igualmente pretos trouxeram pessoas igualmente trajadas de preto que igualmente entraram imediatamente na casa.
As poucas pessoas que estavam na praça quando os primeiros veículos chegaram logo espalharam a notícia pela vila. Quem não teve curiosidade de ir à praça para tentar ver aquelas estranhas personagens ficou à espreita por frestas nas cortinas das janelas das casas próximas. Telefones tocaram nas outras ruas, alertando para o que estava acontecendo.
Anos à frente da igreja local, nunca o velho pároco conseguiu fazer com que o povo passasse uma noite inteira em vigília de oração; naquela noite, porém, várias pessoas passaram a noite em claro tentando ver o que acontecia na casa da dona Nenê, com aquele pessoal tão estranho, sem sentir sono nem se preocupar com a madrugada que ia se estendendo. De dentro da casa nada se via, ainda mais que as cortinas estavam todas fechadas, mal dando para se perceber alguma luminosidade. Também não se ouvia som de música nem de conversa. Tudo muito misterioso aos olhos daquela comunidade do interior.
Por volta das quatro horas da manhã, ainda escura a madrugada, a porta da casa abriu-se e as pessoas foram saindo uma após outra, dirigindo-se para os carros e partindo em seguida. Uma das mulheres de preto, ao notar várias pessoas na praça olhando-os com curiosidade, arreganhou os dentes para elas e meio que rosnou, assustando-as, fazendo com que algumas mulheres se persignassem, invocando Nossa Senhora.
Durante toda a semana, comentou-se insistentemente sobre aquelas pessoas que estiveram presentes na casa de dona Nenê. Que estranho, todas de preto, em carros pretos com vidros escuros! Chegaram já de noite e partiram antes do amanhecer. Não pareceu que estavam dando festa, afinal, ninguém ouviu som de música, nem de conversas, nem de risadas. E aquela mulher que grunhira para os que ainda estavam na praça?! De repente, entre tantas opiniões, alguém afirmou que aquilo até parecia coisa do demônio. E a idéia de algo demoníaco, talvez um culto a Satanás, espalhou-se pela vila e até pelas cidades mais próximas.
O velho pároco, ao tomar ciência de todos esses comentários, procurou acalmar as almas inquietas, dizendo-lhes que não deviam se preocupar com nada daquilo e que orassem muito a Deus e a Nossa Senhora, pedindo proteção. No entanto, um tremor em sua voz não convenceu ninguém que aquilo era algo despreocupante, mas fez com que mais pessoas passassem a participar da oração diária do terço na igreja. Nossa Senhora das Graças, pisando a cabeça da serpente, passou a ser invocada a todo instante que se falava daquela sexta-feira misteriosa.

Na sexta-feira seguinte, eles chegaram novamente com a noite. A notícia logo se espalhou, mas um número menor de pessoas foi até a praça para verificar. O medo prendeu a muitos em suas casas. Na igreja, um grupo formado em sua maioria por senhoras reuniu-se para rezar o rosário, pedindo proteção. Antes das dez da noite, raros jovens arriscaram ficar pelas ruas ou pela praça, conversando ou namorando. Uma certa tensão ante o desconhecido fez os moradores de Nova América deitarem mais cedo do que o costume; talvez dormindo mais cedo a noite passaria rapidamente e logo chegaria a segurança do dia.
Exatamente às 2h43 da madrugada um altíssimo grito como de terror acordou praticamente toda a vila. Por todo lado, as luzes das casas foram acesas e janelas e portas se abriam. Pessoas de pijama e camisolas saiam das casas, mas não além do portão. O velho padre acordou assustadíssimo, mas não teve coragem sequer de aproximar-se da janela; pegou o seu terço no criado-mudo, encontrando refúgio e proteção na oração. Conversas por sobre os muros indagavam o que teria acontecido. O grito era, sem dúvida, de um imenso terror. Alguém, com certeza, havia sido assassinado. Mas quem? Só saberiam de manhã. Todos os olhos voltados para a casa de dona Nenê indicavam que não havia qualquer dúvida que o grito partira dali. O resto daquela madrugada arrastou-se lenta e a insônia só partiu junto com os carros pretos antes do amanhecer.
Mas nenhum corpo foi encontrado no dia seguinte nem se sentiu falta de nenhum morador. E a idéia de assassinato foi morrendo.

As sextas-feiras passaram a trazer consigo aflição e insegurança ao povo de Nova América. Pediram à Polícia Militar que enviasse uma viatura com policiais para garantir a tranqüilidade da população, mas não havia nenhum carro disponível. Assim, os habitantes da pequena vila viram-se sozinhos à mercê do medo. Na casa de dona Nenê, os visitantes noturnos das sextas-feiras foram, aos poucos, ficando mais à vontade. Sons de música metálica a cada semana eram ouvidos em volume crescente, assim como vozes e gargalhadas.
Certa madrugada, o som da música estava tão alto, que o farmacêutico, não conseguindo dormir, irritado, disse à esposa:
─ Não agüento mais... vou até lá falar com essas pessoas!
A esposa levantou-se da cama e correu para a porta do quarto, fechando a passagem com seu corpo volumoso.
─ Você está louco? Eu não vou deixar você ir até lá... não quero ficar viúva.
─ Você não vai ficar viúva, mas eles vão ter de me ouvir e abaixar esse som. Sejam adoradores do diabo ou não, tem de respeitar quem trabalha e precisa dormir.
─ Então espera. Deixa eu ligar para alguns vizinhos para irem com você... será mais seguro.
O farmacêutico, pensando consigo que acompanhado teria realmente mais segurança, concordou com a esposa. Saindo à rua, parou diante do portão, criando coragem para pisar na calçada. Três vizinhos aproximaram-se e acompanharam o farmacêutico até o portão da casa de dona Nenê, mas não entraram. O farmacêutico, a passos lentos e olhando insistentemente para trás a confirmar que os companheiros ainda estavam lá, chegou até a porta e bateu levemente. Aguardou. Nada. Marcando bem as palavras com a boca, sussurrou para os vizinhos:
─ Não devem estar ouvindo...
Um deles fez sinal com a mão e também lhe sussurrou da mesma forma que batesse com mais força. Os outros dois apenas menearam a cabeça confirmando. O farmacêutico então bateu com força na porta, com o punho fechado, e esperou. De repente a porta foi aberta e, instintivamente, ele deu um passo para trás.
─ O que você quer?! ─ vociferou um homem alto, todo de preto, usando óculos escuros.
O farmacêutico, gaguejando, conseguiu a custo dizer:
─ É a música... está muito alta...
O homem, escancarando a boca num sorriso de escárnio, tirou os óculos, mostrando seus olhos completamente vermelhos, e falou:
─ E daí?!
Ao ver a expressão do homem, o farmacêutico cambaleou para trás e saiu correndo, fazendo o sinal da cruz sobre si e invocando sem parar:
─ Minha Nossa Senhora!!!!!
Os companheiros, ao verem o farmacêutico correr, nem o esperaram para saber o que tinha acontecido. Correram para suas casas e trancaram as portas imediatamente.
Na manhã seguinte, todos já sabiam da expressão diabólica do homem que “atacara” o farmacêutico e daqueles olhos vermelhos como os olhos de um... vampiro?! ─ arriscou alguém.
Não havia mais dúvida alguma... eram vampiros. Claro... por isso só apareciam à noite e iam embora antes do amanhecer. Os vidros escuros os protegiam de alguma luz da manhã que os pudessem encontrar pelo caminho. Vampiros não resistem à luz do sol... todos sabem.
Alhos e cruzes bentas foram colocados nas portas e janelas da maioria das casas. O padre distribuiu água benta à profusão. Só mesmo Deus para defendê-los de algo tão demoníaco, que acreditavam só existir em livros e filmes.
Na semana seguinte, duas famílias mudaram-se de Nova América.

O medo acompanhou os habitantes de Nova América por meses. Às sextas-feiras ninguém tinha coragem de ficar fora de casa após escurecer, nem mesmo os jovens.
O início do desfecho dessa história deu-se na Sexta-feira Santa.

Apesar de todo o medo que acompanhava as sextas-feiras, o velho pároco exortou a comunidade a manter a tradição local da Sexta-feira Santa, com a Via Sacra, a celebração da Paixão do Senhor e uma vigília, até a meia-noite, de veneração ao Senhor Morto, vigília esta instituída justamente pela falecida dona Nenê, que tinha agora a sua casa maculada por aqueles malditos vampiros que tiraram a paz da nossa vila. Deviam confiar na proteção de Deus e da Virgem.
Às 15h00 pontualmente, hora da morte de Jesus, iniciou-se a procissão da Via Sacra, saindo da porta da Matriz e percorrendo todas as ruas da vila. Nas janelas ou nos muros das casas dos católicos, colchas coloridas e bordadas foram estendidas, identificando a fé de seus moradores. Pequenas mesas, ornadas com toalhas brancas de renda, imagens de Nossa Senhora, crucifixos e velas foram colocadas na calçada, em frente às casas que marcariam as estações da Paixão do Senhor. O medo da presença de algo satânico em Nova América incentivou a participação maciça da população, até mesmo de alguns não católicos. Com a sensibilidade à flor da pele, muitos se emocionaram quando a mãe de um vereador local ─ que nunca mais aparecera na vila depois de eleito ─,entoou o canto de Verônica, ao mesmo tempo em que desenrolava o lenço estampado com a imagem do rosto de Jesus. Após percorrer todas as ruas, a procissão retornou à Matriz, onde o povo apertou-se para a Celebração litúrgica da Paixão do Senhor, despida de qualquer tipo de ornamento ou pompa. Durante a veneração à Santa Cruz, silenciosamente, uma a uma das pessoas presentes desfilou diante do crucifixo, detendo-se emocionada, tocando-a, beijando-a. Ao final dessa celebração, em frente ao altar, a imagem do Senhor Morto foi colocada para ser velada. Mais uma vez, a procissão silente passou vagarosamente. Ambas, devido ao número de pessoas, levaram horas e já passava das 21h00 quando encerrou-se o ato religioso. Mas ninguém teve coragem de partir. E pela primeira vez na história daquela paróquia, a vigília instituída por dona Nenê aconteceu com a igreja lotada.
Apreensivo com o avançado da hora, o velho padre não quis estender a vigília até a meia-noite. Com a voz trêmula, despediu os fiéis pouco antes das onze da noite. Caminhando pelo corredor central até a porta, quis despedir-se de cada uma das pessoas presentes. Ao chegar à porta, porém, estacou assustado ao ver que diversos carros pretos estavam parados à porta da antiga casa de dona Nenê e circundando parte da praça. Fingindo calma, foi apertando a mão e abençoando cada uma que saía. E os presentes, tão logo passavam pela porta da igreja, começavam a comentar um com os outros sobre os estranhos que lá estavam e que não respeitavam nem a Sexta-feira Santa. Em pequenos grupos, as pessoas caminhavam apressadamente para suas casas.
Quando quase todos haviam saído da igreja, a porta da casa de dona Nenê abriu-se e o som alto invadiu a praça, chamando a atenção dos poucos que ainda não tinham ido para casa. O padre parou de se despedir do povo e desceu alguns degraus da escada para observar o que estava acontecendo. Gargalhadas e gritos foram ouvidos enquanto uma mulher toda de preto, rindo alto, saiu correndo da casa em direção à igreja. Algumas pessoas à porta da Matriz recuaram para dentro, buscando proteção. O padre, aterrorizado, não conseguiu se mexer. A mulher, sem se deter, correu diretamente para o pároco e o abraçou, colocando a boca em seu pescoço. O velho deu um grito e caiu inerte na escadaria. A mulher voltou correndo e rindo para a casa da esquina, gritando:
─ Eu consegui.... eu consegui... eu consegui...
A porta da casa fechou-se. Os poucos fiéis olharam para o padre caído na escada e correram a socorrê-lo.
Estava morto. Seu rosto, lívido, como se não tivesse sangue...

O policial que atendeu ao telefone demorou a acreditar no que ouvia, julgando ser um trote. Somente na terceira ligação pediu que uma viatura fosse até Nova América ver o que havia acontecido. Os dois policiais que lá chegaram não conseguiam entender nada do que o povo, aglomerado em volta do corpo do padre, dizia, pois todos falavam ao mesmo tempo. Já era dia quando o corpo do velho pároco foi retirado do local. Os estranhos de preto continuavam dentro da casa, impedidos que foram pelos policiais de deixarem a casa. Às 8h42, o delegado, chamado cedo para apurar os fatos da noite anterior, liberou os estranhos, convocando-os a irem imediatamente até a delegacia da cidade prestar depoimento.
Quando, em plena luz do dia, os estranhos saíram da casa e foram para os carros sem terem sido queimados pelo sol, a multidão criou coragem e, enfurecida, avançou em direção a eles, querendo linchá-los como a Judas em Sábado de Aleluia. Tiros foram dados para o alto a fim de conter o povo.
De boca em boca correu a história de que uma das vampiras avançara para cima de padre e sugara seu sangue, matando-o à porta da igreja, à vista dos que ainda estavam saindo da celebração da Paixão do Senhor.
Na delegacia, porém, a versão foi bem diferente.

─ O que vocês faziam na casa toda sexta-feira? ─ perguntou o delegado.
─ Nós nos reunimos para nos divertir ─ respondeu um homem alto, que parecia ser o líder do grupo.
─ Quem é o dono da casa?
─ Sou eu mesmo – respondeu o mesmo homem.
─ E como vocês se divertiam?
─ Um pouco de orgia... ─ disse rindo, acompanhado de gargalhadas dos outros membros.
─ Silêncio... não estamos brincando... um homem foi morto esta noite.
─ Nós não matamos ninguém... ─ falou o homem, parando imediatamente de rir ─ apenas nos divertimos.
─ E o que mais vocês fazem para se divertir?
─ Bebemos um pouco também.
Novos risos, mais contidos, foram ouvidos e cessaram ante o olhar do delegado.
─ Um pouco? ─ ironizou o delegado. No fundo da casa foram encontradas centenas de latinhas e garrafas de cerveja.
─ Às vezes passamos um pouco dos limites.
─ E a música? Por que tão alta?
─ O senhor não quer que a gente escute música baixinho numa festa, não é?!
─ Não se importavam se estavam incomodando os vizinhos?
─ Ninguém nunca reclamou.
─ O farmacêutico local foi reclamar...
─ Não lembro... ─ e após um instante, acrescentou ─ uma vez foi um homem lá, mas saiu correndo... não reclamou de nada.
─ Você não o ameaçou?
─ Ele disse isso?
─ Sim.
─ Pois está mentindo. Traga-o aqui para dizer na minha cara se o ameacei.
─ Ele não virá. Tem medo de vocês. Aliás, a vila toda...
─ Não podemos fazer nada se têm medo. Nunca fizemos nada para ninguém. Apenas nos divertimos.
─ E drogas?
─ O que é que tem?
─ Usam?
─ Não é contra a lei.
─ O tráfico dá cadeia.
─ Não somos traficantes. Só consumidores.
O delegado calou-se. Sabia, pelos olhos vermelhos daqueles jovens de preto, que eram usuários de drogas.
─ E um grito horripilante que foi ouvido há tempos atrás?
Todos riram.
─ Silêncio... responda a minha pergunta.
─ Foi apenas um susto que demos em uma das nossas amigas.
Mais risos.
─ Disseram que o grito foi assustador... que acordou toda a vila...
─ Sabe como são as mulheres... escandalosas...
Risos debochados.
─ E o que houve ontem com o padre? Vocês o mataram...
A resposta demorou. Ficaram sérios nesse momento.
─ E então? ─ perguntou o delegado.
─ Nós não o matamos... fizemos apenas uma brincadeira...
─ Brincadeira? O homem está morto!
─ Não tivemos a intenção. Era apenas uma brincadeira... uma aposta...
─ Aposta?!
─ Sim. Apostamos que ela ─ e apontou para a moça que correra para o padre na noite anterior ─ não seria capaz de dar um abraço e um beijo no padre. Ela foi correndo, abraçou-o e deu-lhe um beijo no rosto. Quando ele caiu, ela pensou que tivesse apenas se desequilibrado... O que houve com ele?
Olhando-os fixamente, o delegado respondeu:
─ Morreu do coração... provavelmente de medo. Sua amiga irá responder na justiça por homicídio culposo... mas como faz dezoito anos no mês que vem, sairá livre.

O delegado, sozinho em sua sala, meditava em como o medo pode alterar a percepção da realidade e até levar uma pessoa à morte.
Em Nova América desenvolveu-se a lenda dos vampiros que invadiram a vila e mataram o padre, sugando-lhe todo o sangue. A antiga casa de dona Nenê permanece fechada, como testemunho concreto da lenda e também porque ninguém se arrisca a morar lá. O mato cresce, a pintura está descascando e rachaduras estão aparecendo. Os vidros, todos quebrados pelas crianças. Alguns jovens corajosos arriscaram-se a entrar no jardim e pichar as paredes. Até hoje, quem passa em frente a ela protege-se fazendo sobre si o sinal da Santa Cruz.

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